O estuário de Santos, área aquática onde se misturam rio, manguezais e o mar, no litoral norte paulista, é um dos locais mais contaminados por microplásticos no mundo. A conclusão está em estudo publicado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A conclusão veio após os pesquisadores compararem dados internacionais, publicados em mais de 100 estudos recentes, de 40 países. Somente na Espanha e em Taiwan foram encontrados valores superiores de microplásticos do que os coletados em Santos.  

A pesquisa utilizou amostras de ostras e mexilhões coletados na região costeira de Santos, durante o mês de julho de 2021. O professor do Instituto do Mar da Unifesp, Ítalo Braga, explica o uso desses organismos para chegar aos dados obtidos.

A próxima etapa do estudo, segundo o pesquisador, é comparar os índices atuais com os de períodos históricos anteriores, para saber se houve evolução no acúmulo de microplásticos. Para isso, serão utilizadas amostras coletadas e preservadas no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, desde a década de 1920.   

Uma das conclusões que chamou a atenção dos pesquisadores é que a maior parte dos microplásticos tem origem nas roupas. O professor explica.

Ítalo Braga ressalta que a pesquisa da Unifesp trata da medição de microplásticos no meio ambiente. Para saber qual é o limite seguro para a saúde humana e animal, ele afirma que serão necessários estudos complementares.  

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