O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), registrou uma diminuição de 4,25% em fevereiro em comparação com o mês anterior. No entanto, em relação ao mês de fevereiro do ano passado, houve um aumento de 2,25%. No acumulado do primeiro bimestre, a alta é de 2,24%.

O vice-presidente da Abras, Márcio Milan, afirma que o desempenho de fevereiro foi influenciado pelo fato de que, nos dois primeiros meses do ano, o orçamento das famílias é pressionado por despesas obrigatórias, como reajustes das mensalidades escolares, transporte e tributos. Além disso, o mês mais curto e a realização do carnaval em março também afetaram o desempenho mensal.

O valor da cesta de 35 produtos de consumo alimentício, que inclui alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza, aumentou 0,73%, passando de R$ 800,75 para R$ 806,61 na média nacional. O destaque do mês foi a elevação expressiva nos preços dos ovos (+15,39%), seguida pelas variações nos preços dos carboidratos, como feijão, arroz e farinha de mandioca.

No entanto, houveram reduções de preço em produtos como álcool, óleo de soja, arroz, farinha de mandioca, leite longa vida e massa sêmola de espaguete. Entre as proteínas, caíram os preços da carne bovina, corte do traseiro e do pernil, enquanto os preços da carne bovina corte dianteiro e frango congelado aumentaram.

Em hortifrúti, a batata e a cebola apresentaram retração, enquanto o tomate subiu. Em limpeza, houveram aumentos nos preços do desinfetante, sabão em pó, detergente líquido para louça e água sanitária.

A expectativa para a Páscoa é que o consumo possa crescer entre 8% e 12% no período, apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais. “Apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumo aquecido. O equilíbrio entre renda disponível e ações comerciais bem estruturadas deve garantir o bom desempenho do período, reafirmando a data como uma das mais relevantes para o consumo das famílias”, disse Milan.

Segundo a Abras, os preços dos ovos de chocolate e produtos relacionados aumentaram em média 14%. As Colombas ficaram 5% mais caras. Entre os produtos importados, a elevação foi, em média, de 20%, com destaque para o azeite, o bacalhau e vinhos importados. Nas bebidas, também foram observadas altas nos preços da cerveja, refrigerantes e vinhos nacionais.

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