O Brasil registrou um déficit na balança comercial em fevereiro, a primeira vez desde janeiro de 2022. A importação massiva de plataformas de petróleo e a queda no preço de commodities internacionais, como petróleo, ferro, soja e açúcar, contribuíram para o resultado negativo de US$ 323,7 milhões. Esse é o pior resultado em fevereiro desde a série histórica, iniciada em 1989.

O superávit commercial nos dois primeiros meses do ano é de US$ 1,934 bilhão, 82,9% inferior ao mesmo período de 2024. Isso é o pior resultado desde o primeiro bimestre de 2021, quando o superávit alcançou US$ 1,616 bilhão.

As exportações caíram 1,8% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto as importações aumentaram 27,6%. O valor das compras do exterior atingiu US$ 23,253 bilhões, mais elevadas que as importações de US$ 22,929 bilhões em 2024.

A indústria de transformação foi a única setor que apresentou um aumento nas exportações, de 7%, ao mesmo tempo em que o preço médio subiu 0,8%. A indústria agropecuária experimentou uma pequena recuperação, com o volume de mercadorias embarcadas caindo apenas 0,8%, enquanto o preço médio subiu 2%.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estima que o Brasil registered um superávit de US$ 60 bilhões a US$ 80 bilhões em 2025, mas essas projeções são mais ambiciosas que o que foi divulgado anteriormente. O boletim Focus, da FGV, projeta um superávit de US$ 76,8 bilhões este ano.

Em resumo, o déficit na balança comercial em fevereiro é uma consequência da queda no preço de commodities internacionais e da importação massiva de plataformas de petróleo. A indústria de transformação foi a única setor que apresentou um aumento nas exportações, e as projeções do Ministério do Desenvolvimento indicam que o Brasil terá um superávit commercial entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões em 2025.

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