No dia de ontem, o mercado financeiro apresentou uma grande euforia, com o dólar alcançando seu menor nível em sete meses. Além disso, a Bolsa de Valores brasileira teve um desempenho excepcional, fechando no maior nível da história.
O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,609, apresentando uma queda de R$ 0,076 (-1,34%) em relação ao dia anterior. A cotação da moeda norte-americana caiu ao longo de toda a sessão, mas acentuou sua queda durante a manhã. Por volta das 16h, o dólar chegou a R$ 5,59, seu menor nível desde 14 de outubro do ano passado, quando fechou em R$ 5,58.
Com essa queda, a moeda norte-americana acumula uma baixa de 1,33% em maio e de 9,24% em 2025. Já o euro comercial caiu R$ 0,031 (-0,49%) e fechou em R$ 6,27, alcançando seu menor nível desde 2 de abril, data em que entraram em vigor as sobretaxas comerciais do governo de Donald Trump.
O mercado de ações também teve um desempenho otimista, com o índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechando aos 138.963 pontos, apresentando uma alta de 1,76%. Após dias de estabilidade, a bolsa brasileira reagiu impulsionada pela recuperação das commodities (bens primários com cotação internacional).
A inflação e os juros foram fundamentais para tranquilizar o mercado. A divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou abaixo do previsto em abril aumentou as chances de o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) cortar os juros básicos ainda no primeiro semestre, o que fez a moeda norte-americana cair em todo o planeta.
Além disso, o acordo comercial entre Estados Unidos e China também continuou a repercutir entre os investidores. A perspectiva de reação da economia chinesa fez os preços de commodities como petróleo e minério de ferro subirem, beneficiando exportadores de matérias-primas, como o Brasil.
No mercado interno, o tom duro da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi bem recebido pelos investidores financeiros. No documento, o Banco Central informou que deverá manter os juros elevados por longo tempo para segurar a inflação. Isso estimula a entrada de capital financeiro no país, atraído pela alta diferença em relação às taxas de economias desenvolvidas.
Em resumo, o mercado financeiro brasileiro apresentou um desempenho excepcional, com o dólar atingindo seu menor nível em sete meses e a Bolsa de Valores alcançando seu maior nível da história. A combinação de fatores internos e externos, como a queda da inflação nos EUA e o acordo comercial entre EUA e China, contribuiu para a euforia do mercado. Além disso, o tom duro do Banco Central em relação à manutenção dos juros elevados também foi bem recebido pelos investidores.
Com tudo isso, o mercado financeiro brasileiro parece estar em uma trajetória de recuperação, com a bolsa e o dólar apresentando desempenhos positivos. No entanto, é importante lembrar que o mercado financeiro é muito volátil e pode mudar rapidamente. Por isso, é fundamental continuar monitorando os principais indicadores econômicos e as notícias que podem impactar o mercado.