nos tempos de juros altos, é fundamental ter uma atenção especial à gestão financeira para evitar o endividamento ou aproveitar o momento e fazer com que o dinheiro render.
Recentemente, o aumento do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central aumentar mais uma vez os juros, elevando a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, agora para 13,25% ao ano. Para ajudar nesse contexto, a educadora financeira e CEO na UjamaaTech, Dina Prates, apresentou um conjunto de orientações para as pessoas, dividindo-se em três cenários: pessoas endividadas, pessoas não endividadas que precisam de recursos e pessoas que têm algum dinheiro sobrando para investir.
Pelos que estão endividadas, especialmente aquelas endividadas no cartão de crédito, é fundamental ter cuidado ao negociar suas dívidas. É importante evitar o pagamento apenas do mínimo mensal ou aceitar os parcelamentos automáticos da fatura, pois os juros do crédito rotativo podem aumentar significativamente o total da fatura. A melhor opção é analisar bem o orçamento, entender qual é a capacidade de pagamento nos próximos meses e buscar uma negociação que caiba no bolso.
Para reduzir o custo com juros, é possível negociar uma entrada para o pagamento da fatura e parcelar o restante, sempre atento à capacidade financeira. Outra estratégia é trocar uma dívida cara por uma mais barata, como fazer um empréstimo pessoal para quitar a fatura.
Quem não está em dívida, mas precisa de recursos, as melhores opções de empréstimo são aquelas com taxas de juros mais baixas, como creditos consignados ou empréstimos garantidos por imóveis ou outros bens. Outra alternativa é para as fintechs, que ofertam diferentes tipos de crédito, mas é fundamental estar atendo às taxas de juros.
Por fim, para as pessoas que têm algum dinheiro sobrando, uma das melhores alternativas é buscar investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs e LCIs, que tendem a oferecer retornos maiores com a alta da Selic. No entanto, é sempre importante lembrar que antes de investir, cada pessoa deve conhecer seu perfil de investidor e entender seu nível de tolerância ao risco.