A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou uma pesquisa sobre endividamento e inadimplência do consumidor, que registrou uma melhoria no total de famílias endividadas no país. Em janeiro, esse percentual caiu para 76,1%, uma queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e 2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
Uma exemplo disso é a história de Danieli Silveira, uma professora que conseguiu sair da situação de endividamento após reduzir seus gastos, evitar parcelas e realizar compras apenas à vista. Ela se sente organizada e consciente de que o consumo saudável é a melhor solução para evitar problemas financeiros futuros.
No entanto, outros brasileiros enfrentam dificuldades financeiras. O técnico em logística César, por exemplo, enfrenta problemas para pagar suas dívidas após o afastamento da esposa do trabalho para tratamento de câncer. Ele recorreu ao Procon paulista para negociar os juros e espera reorganizar suas finanças após a renegociação.
A pesquisa também apurou que o cartão de crédito continua sendo a principal modalidade de crédito utilizada pelos consumidores, com 83,9% do total de devedores. No entanto, outro grupo de pessoas, as que recebem até 3 salários mínimos, teve um aumento no endividamento em comparação com janeiro de 2024.
A pesquisa também mostrou que as famílias mais vulneráveis, que recebem até 3 salários mínimos, tiveram um aumento no endividamento e que 18,4% não terão como quitar suas dívidas. Além disso, um quinto de todas as famílias com dívidas tem mais da metade de sua renda comprometida.
A CNC estima que o endividamento das famílias voltará a crescer durante este ano, com os percentuais começando a subir a partir de março e fechando o ano com 77,5% das famílias brasileiras endividadas e 29,8% inadimplentes.