A indústria de transformação do Brasil registrou um faturamento real (descontado a inflação) de 3,3% a mais em janeiro em relação a dezembro, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a janeiro do ano passado, o crescimento foi de 12,8%. A demanda por bens industrializados continua alta, o que reflete no faturamento.

No entanto, a CNI advertiu que é difícil manter esse ritmo devido à desaceleração da economia causada pelo aumento dos juros. Além disso, o números de horas trabalhadas na produção aumentou 1,9% em janeiro em relação a dezembro, revertendo a queda de 1,4% nos dois meses anteriores.

A utilização da capacidade instalada (UCI) foi mantida em 78,2% em janeiro, comparado a dezembro, na série livre de efeitos sazonais. No entanto, em relação a janeiro do ano passado, a UCI caiu 0,8 ponto percentual.

Embora o desempenho da indústria seja positivo, o mercado de trabalho não está mostrando os mesmos ganhos. O número de postos de trabalho ativos no setor aumentou apenas 0,1%, a massa salarial caiu 0,3% e o rendimento médio do trabalhador industrial caiu 0,8%. A CNI estima que a interrupção da alta do emprego industrial seja provável devido ao aumento dos juros.

No entanto, a comparação com janeiro do ano passado mostrou um desempenho melhor do mercado de trabalho na indústria, com um aumento de 2,4% no número de postos de trabalho ativos. A massa salarial real recuou 1,8% e o rendimento médio real do trabalhador industrial caiu 4%.

A pesquisa Indicadores Industriais, realizada desde 1992 em parceria com as Federações Estaduais das Indústrias, identifica a evolução de curto prazo da atividade da indústria de transformação e cobre mais de 90% do produto industrial brasileiro.

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