O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de encerramento da Cúpula do G20 Social, no Rio de Janeiro, e destacou que o grupo ganhou um terceiro pilar, que se soma aos pilares político e financeiro. Segundo Lula, este pilar social permitiu que a sociedade civil de várias partes do mundo se reunisse para formular e apresentar suas demandas.
Lula também destacou que a economia e a política internacional não são monopólio de especialistas ou burocratas, e que elas fazem parte do dia a dia de cada um de nós. Ele citou como exemplos o fomento ao empreendedorismo e à autonomia econômica feminina, a adoção do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 18 sobre igualdade racial e o incentivo à ambição climática alinhada ao objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius.
O presidente brasileiro também destacou que a mobilização social permanente será fundamental para impulsionar os trabalhos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, avançar na tributação dos super-ricos, garantir o cumprimento das metas de triplicar o uso de energias renováveis e antecipar a neutralidade de emissões, e levar adiante o Chamado à Ação pela Reforma da Governança Global.
Além disso, Lula defendeu que os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a “voz dos mercados” e a “voz das ruas”, e que o neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política. Ele também defendeu que o G20 discuta medidas que permitam reduzir o custo de vida e que promovam “jornadas de trabalho mais equilibradas”.
O ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, disse que o país está pronto para sediar o G20 em 2025 e que manterá a proposta brasileira do G20 Social. Ele também destacou a necessidade de reverter o desequilíbrio de recursos disponíveis para combater as mudanças climáticas e defendeu que as metas do milênio permaneçam em foco.
Em resumo, a cerimônia de encerramento da Cúpula do G20 Social destacou a importância da mobilização social e da participação da sociedade civil em discussões internacionais. O presidente Lula e o ministro Lamola defenderam a necessidade de ação coletiva para enfrentar os desafios globais, como a desigualdade econômica e política, as mudanças climáticas e a falta de recursos para o desenvolvimento sustentável.