Título: Inflação dos alimentos registra alta em janeiro, mas desaceleração esperada
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para janeiro registrou uma alta de 0,96% no grupo alimentos e bebidas, que representa 0,21 ponto percentual (p.p.) no IPCA. No entanto, essa taxa é uma desaceleração em relação a dezembro, quando o grupo apresentou uma expansão de 1,18%.
A alta dos alimentos é um dos principais fatores de inquietação para o governo, que projeta reduzir o custo de vida da população. O grupo alimentação e bebida tem um peso mensal de 21,69% no custo de vida da população com rendimento até 40 salários mínimos.
O IBGE apurou que os produtos alimentícios mais afetados foram tubérculos, raízes e legumes (8,19%), bebidas e infusões (2,96%), peixes e aves e ovos (1,71%). O índice de difusão dos produtos alimentícios no IPCA de janeiro foi de 71%, o que significa que 71% dos itens pesquisados tiveram aumento de preço.
O gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, explicou que as altas dos produtos são explicadas por questões ligadas à quantidade produzida pelos agricultores. Por exemplo, a cenoura tem uma concentração de produção em Minas Gerais, Bahia e Goiás, o que levou a uma redução na oferta. A alta do tomate está relacionada a problemas climáticos, como chuvas intensas que limitaram a produção. O café foi afetado pela seca e também pela maior demanda global.
Em relação às carnes, que subiram 0,36% em janeiro, Gonçalves fez uma relação com a chegada do período de chuvas, o que melhorou o pasto e reduziu o custo de produção.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê que a redução do dólar e a safra recorde de 2025 irão contribuir para conter a inflação dos alimentos. De acordo com estimativas do IBGE, a safra nacional deve apresentar expansão de 10,2% em 2025.
Em resumo, a inflação dos alimentos continuou a apresentar altas em janeiro, embora com taxas mais baixas em comparação com os meses anteriores. A desaceleração é atribuída a problemas climáticos e redução na oferta de alguns produtos. O governo projeta reduzir o custo de vida da população e está estudando medidas para baratear alimentos. Além disso, a safra recorde de 2025 é expectativa para conter a inflação e reduzir o custo de vida da população.