O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) divulgou os resultados da inflação brasileira em dezembro de 2024. O índice mostrou uma taxa de 0,48%, acumulando uma inflação anual de 4,77% em 2024.
O INPC é utilizado como base para os reajustes anuais de salários em diversas categorias de trabalhadores, além de ter influência sobre o salário mínimo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado de 2024 foi puxado principalmente pelo grupo alimentação e bebidas, que alcançou um aumento de 7,60% em 12 meses. O grupo transportes também fechou 2024 com uma alta de 3,77%.
Diferentemente do INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é considerado a inflação oficial do país e pode ter um maior impacto no custo de vida das famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.
A principal diferença entre os dois índices está no peso atribuído às categorias de produtos e serviços. No INPC, os alimentos e bebidas têm maior peso, tornando-se fundamental para as famílias com rendimentos menores. Já no IPCA, serviços como passagens aéreas e planos de saúde tem mais peso, afetando mais as famílias com rendimentos maiores.
Para muitos sindicatos de trabalhadores, o INPC é considerado um dos principais indicadores de inflação para ajustar os salários anuais. Além disso, o salário mínimo também tem como base o INPC no cálculo de reajuste, podendo ser decidido pelo governo ainda no final de dezembro para vigorar em janeiro.
Em 2023, o índice de inflação foi de 3,71%, logo em 2024, mostrou um incremento de aproximadamente 1,06 p.p. Os dados do INPC e IPCA são divulgados no Rio de Janeiro, capital fluminense e é calculados com base na evolução dos preços de um conjuntos de produtos e serviços considerados essenciais para o cidadão brasileiro, como alimentos, bebidas, transporte, energia elétrica, etc.