A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução da carga horária semanal de trabalho em 36 horas e o estabelecimento de quatro dias de trabalho por semana, conhecida como “6×1”, não foi discutida no núcleo do governo, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo. A afirmação foi feita durante o evento do C20, grupo de engajamento do G20, em Rio de Janeiro.

Embora o ministro Macedo tenha mencionado que o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, já havia se pronunciado sobre o assunto no ambiente do Ministério, a PEC não foi discutida em reuniões do centro do governo. Macedo reforçou que o tema ainda não está em discussão no governo.

Marinho defendeu que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada por meio de convenções e acordos coletivos de trabalho, entre empregadores e trabalhadores, e que a redução da jornada para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável quando resulta de decisão coletiva.

A proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), já contém cerca de 200 endossos de deputados e precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares em dois turnos de votação para ser aprovada. A redução da jornada de trabalho semanal sem redução de salários é uma demanda histórica das centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

No entanto, a proposta recebe críticas de atores da economia, incluindo empregadores, que preveem que a redução da carga horária levaria a uma queda de produtividade e a um aumento de custos, que seriam repassados para os preços.

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