No ano passado, o Brasil registrou uma produção recorde de 2,55 milhões de veículos, representando um aumento de 9,7% em relação a 2023, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Isso permitiu que o país retomasse o posto de oitavo maior produtor global de veículos em 2024, ultrapassando a Espanha.
A Anfavea também registrou um aumento significativo nos emplacamentos, com um total de 2,635 milhões de unidades, o que representa um crescimento de 14,1% em relação ao ano anterior. Essa é a maior média global, que foi de alta de 2%.
O mercado de veículos leves também teve um desempenho excepcional, com a venda de 14,2 milhões de unidades, o que é o maior resultado da história do país. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, atribuiu esse crescimento à demanda reprimida por transporte individual, que foi atendida graças às melhores condições de crédito. O número de concessões de crédito para financiamento de veículos novos e usados aumentou 36% em relação ao ano anterior.
As exportações de veículos também tiveram um crescimento significativo em 2024, especialmente no segundo semestre, o que compensou o desempenho fraco do primeiro semestre. Em dezembro, o Brasil exportou 398,5 mil autoveículos, um aumento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Argentina e o Uruguai foram os principais destinatários, com um crescimento significativo em relação ao ano anterior.
Já as importações aumentaram 33% em 2024, impulsionadas pela entrada maciça de eletrificados, especialmente da China. A Anfavea estima que, para evitar um novo déficit na balança comercial, é necessário reequilibrar os volumes de exportações e importações em 2025.
Em resumo, o Brasil registrou uma produção recorde de veículos em 2024, com um crescimento significativo nos emplacamentos e nas exportações. No entanto, a Anfavea também alerta para a necessidade de reequilibrar os volumes de exportações e importações para evitar um novo déficit na balança comercial.