O ministério da Educação lançou, na semana passada, o Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para acesso de estudantes da rede pública de ensino à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, denominado Partiu IF. O programa visa ampliar as oportunidades educacionais de acesso e permanência na educação profissional técnica de nível médio, especialmente para jovens negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência de vulnerabilidade socioeconômica.
O programa partirá da seleção de alunos do 9º ano do ensino fundamental da rede pública que desejam ingressar nos cursos técnicos integrados ao ensino médio, oferecidos na rede federal. Em 2024, foram ofertadas 26 mil vagas para os estudantes do último ano do fundamental II. O investimento do MEC será de R$463 milhões até 2027, quando espera-se que cerca de 78 mil estudantes sejam preparados para ingressar nos cursos técnicos.
O Partiu IF oferecerá aulas e atividades de reforço educacional para os estudantes selecionados, incluindo suporte acadêmico, apoio social e formação suplementar. A carga horária total é de 320 horas, dividida entre o Ciclo Básico e a Formação Suplementar. No ciclo básico, estarão disponíveis linguagem, matemática e ciências naturais, além de oficinas de redação. No ciclo suplementar, estarão previstas atividades voltadas ao acompanhamento psicopedagógico, monitoramento do progresso acadêmico e emocional dos participantes, orientação individual e/ou em grupo.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que cada estudante terá a ajuda de custo para permanência no curso de R$ 200 por mês, durante oito meses. Além disso, os alunos selecionados também receberão uma bolsa no valor do Pé-de-Meia para fazer o cursinho do Partiu IF.
O lançamento do Partiu IF foi realização de um anúncio da criação da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), que visa ampliar as oportunidades educacionais para jovens de vulnerabilidade socioeconômica. A iniciativa pretende reduzir desigualdades educacionais e conceder acesso igual para todos os brasileiros.