No Nordeste brasileiro, um seminário sobre educação nos nove estados do nordeste foi realizado no dia 9, em Natal, com o objetivo de discutir e conhecer experiências exitosas em educação. O evento foi promovido pela Secretaria de Educação, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte, com o apoio do Instituto Cultiva e do Consórcio Nordeste. Durante a abertura do seminário, a secretária de Educação do Rio Grande do Norte, Socorro Batista, apresentou um dos projetos de educação desenvolvidos no Nordeste, chamado Comunidades Educadoras.

O Comunidades Educadoras é um programa desenvolvido com o Instituto Cultiva, que visa fortalecer o vínculo entre a escola e a comunidade, proporcionando suporte contínuo aos alunos dentro e fora da sala de aula. O programa é caracterizado pela atuação dos articuladores comunitários, que visitam regularmente as famílias dos estudantes, identificam suas demandas e conectam-as aos recursos disponíveis nas áreas de saúde e assistência social.

Os articuladores comunitários coletam informações sobre as condições socioeconômicas dos estudantes, tempo de convívio familiar, acesso a bens culturais e sociais, se são acolhidos por suas comunidades ou não, e se seus responsáveis verificam sua evolução na escola. A partir desse diagnóstico, são gerados relatórios encaminhados à Secretaria Municipal de Educação.

O programa também prevê visitas semanais às famílias de estudantes que sejam constatadas pelo menos duas das seguintes situações: queda brusca de desempenho na escola, sinais de violência, sinais de abandono e adoecimento psíquico. Além disso, é considerada a evasão escolar, ou seja, quando o aluno ou a aluna deixam de frequentar a escola e quando moram em zonas de risco.

Por meio do Comunidades Educadoras, os articuladores Buscam espaços, buscam meninos perdidos. Porque se perdem e, às vezes, a escola nem percebe que o aluno deixou de ir. E elles saem à procura. Às vezes, nem encontram. Por quê? Porque o menino ou a menina são de família ou grupo faccionado. E eles se mudam do bairro por ordem da facção adversária. Se mudam e não dizem aos vizinhos o nome deles. É preciso ser praticamente um detetive para descobrir onde o aluno está.

Essa abordagem não apenas melhora o desempenho acadêmico, mas também contribui para a criação de uma rede de proteção que aborda aspectos sociais e emocionais, fundamentais para o bem-estar dos estudantes. Com essa abordagem, o Comunidades Educadoras contribui para uma educação que não se limita ao mero conhecimento acadêmico, mas que prevalence sobre a formação integral de pessoas.

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