As Paralimpíadas Escolares de 2024, organizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, começaram nesta quarta-feira em São Paulo, reunindo 2.013 atletas-alunos de 26 estados do Brasil e do Distrito Federal. A competição é o maior evento esportivo para crianças e jovens com deficiência no mundo e visa detectar novos talentos e inspirar outros a seguir caminho.
A delegação de São Paulo é a maior desta edição, com 305 representantes, sendo também o atual campeão por equipes e maior vencedor do evento, com 11 títulos. Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul são os próximos cinco estados com mais atletas.
As 13 modalidades em disputa incluem atletismo, natação, basquete em cadeira de rodas, badminton, bocha, futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais, goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.
O atletismo é a modalidade com mais competidores, com 1.010 atletas, incluindo o único estrangeiro presente, Jorge Tortoledo, de 17 anos, que foi acometido de meningite na infância e caminha com ajuda de uma cadeira de rodas. Ele foi apresentado ao esporte paralímpico em 2019, quando viveu em um abrigo em Boa Vista, Roraima.
Carlos Elielson da Silva, indígena do povo Wapichana, é outro atleta destacado, que compete nas classes F37 e T37. Ele foi acometido por paralisia cerebral no nascimento e começou a praticar esportes com 12 anos.
Arthur Xavier, de 17 anos, é outro atleta que compete na edição de 2024, tendo conquistado a medalha de bronze no revezamento 4×100 metros livre da classe S14 na Paralimpíada de Paris. Wagner Leonardo da Silva, de 18 anos, é outro nadador que competirá na edição de 2024, tendo sido operado recentemente para amputar o membro acometido por uma doença.
As Paralimpíadas Escolares são a porta de entrada para jovens atletas com deficiência ao mundo do alto rendimento. Muitos que participam da competição já conquistaram medalhas no megaevento, como Petrúcio Ferreira, Leomon Moreno e Gabriel Araújo.