Cada vez mais a sociedade busca novos caminhos para o desenvolvimento econômico, uso do solo, estudo de doenças e conservação da Floresta Amazônica. Um novo banco de dados pode ajudar pesquisadores a se debruçarem sobre essas questões.
A base de dados “Trajetórias” foi publicada em uma revista científica do grupo Nature, no início deste mês, pelo Centro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, ligado ao CNPq.
Os dados reúnem o conhecimento para um debate mais amplo das dimensões econômica, ambiental e de saúde, além de dar visibilidade aos modos de vida e sistemas de produção das populações amazônicas.
São 36 indicadores ambientais, socioeconômicos e epidemiológicos de 2000 a 2017 para todos os 772 municípios de nove estados da Amazônia Legal brasileira. Os dados cobrem uma área de 5 milhões de km², que representa aproximadamente 60% de todo o território brasileiro.
Segundo Ana Rorato, primeira autora do estudo e pós-doutoranda do projeto, toda a variedade de dados colhidos de diferentes instituições teve que ser tratada para que pudessem ser utilizados e comparados em conjunto.
A pesquisadora Ana Rorato também explica que os integrantes do projeto tiveram que criar índices específicos que refletissem a realidade amazônica, que é bem diferente das grandes metrópoles.
Os dados do projeto “Trajetórias” estão disponíveis de graça e de forma aberta no repositório “Zenodo.org”.