Os desastres naturais têm se tornado mais frequentes no estado do Rio de Janeiro. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense.

Os pesquisadores destacam que a diminuição desse intervalo ocorre sobretudo a partir das décadas de 1990 e 2000, com a frequência de desastres passando a ser anual ou até mais de duas vezes ao ano.

O Estado tem tragédias recentes nesse período que deixaram centenas de mortos e milhares de desabrigados.

Entre as de maior repercussão nos últimos anos, estão as fortes chuvas que atingiram o Morro do Bumba, em Niterói, em 2010, a da Região Serrana, em 2011, e em Petrópolis no último ano.

O professor da UFF, Jorge Luiz Fernandes, um dos autores do estudo cita vários fatores que contribuem para o aumento desses desastres, entre eles o aumento da população morando em áreas de risco e construções inadequadas.

Mesmo ocorrendo em outros períodos, a situação é ainda mais preocupante durante o verão, marcado por chuvas intensas e prolongadas, principalmente para famílias que moram em áreas de risco de deslizamentos de encostas e inundações.

Jorge Luiz Fernandes afirma que a escassez de áreas verdes nas cidades provoca o aumento da temperatura do ar e a ocorrência de precipitações com grandes volumes.

O pesquisador da UFF cobra mais atenção e comprometimento de gestores e governantes para evitar novas tragédias como as que ocorreram no estado.

De acordo com levantamento realizado pelo Anuário Brasileiro de Desastres Naturais, em 2010, dentre os estados com mais de 30 ocorrências de desastres naturais, o Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar, concentrando 18% dos episódios.
 

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