O desmatamento na Amazônia caiu 31% de janeiro a maio deste ano, em comparação com os cinco primeiros meses do ano anterior. No período a área desmatada foi de quase 1.870 km².

Os dados consolidados são do sistema de alertas Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e foram apresentados nesta quarta-feira (7) pelo Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a concentração do desmatamento na Amazônia em um número reduzido de municípios ajuda nas ações de fiscalização. Além disso, o Ibama tem aumentado a aplicação de multas, como afirma o presidente do órgão ambiental. 

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, quase a metade do desmatamento na Amazônia foi detectado dentro de áreas que possuem o CAR, Cadastro Ambiental Rural, ou seja, de interesse privado; 21% em assentamentos e 15% em áreas de florestas públicas não destinadas. 

Por outro lado, ao contrário do observado na Amazônia, o desmatamento vem crescendo no bioma cerrado: o consolidado de janeiro a maio mostra uma área desmatada próxima de 3.330 km², o que representa aumento de 35% do captado em 2022. 

André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, afirma que no cerrado 77% do desmatamento aconteceu em imóveis com Cadastro Ambiental Rural e que o governo federal trabalha pra identificar se esse desmatamento é autorizado ou não. 

Nesta semana, o governo federal lançou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. Agora, o Ministério do Meio Ambiente afirma que, simultaneamente ações de controle, fiscalização e monitoramento, vai avançar com a construção do plano de prevenção do desmatamento no cerrado.

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