A Polícia Civil prendeu, em operação desta terça-feira (18), o principal suspeito de ter provocado o incêndio que queimou 251 hectares no Parque Estadual da Serra do Rola Moça nos dias 15 e 16 de Setembro deste ano.
Segundo a polícia, o incêndio criminoso ocorreu após o investigado usar fogos de artifício como estratégia para anunciar produtos em redes sociais. É o que explica o delegado Eduardo Vieira, responsável pelo inquérito na Delegacia Especializada de Crimes Contra o Meio Ambiente.
“Em investigações, nós percebemos que ele vende diversos tipos de produtos em rede social, e um chamariz que ele usa para poder ganhar atenção, likes e seguidores, é justamente promover os produtos com a explosão de fogos de artifício. Esse investigado tem diversos tipos de passagens criminais. Tentativa de homicídio, tráfico de drogas e outros delitos”.
O delegado explica ainda que as investigações ocorreram em parceria com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, e levaram ao suspeito após a polícia ter encontrado vestígios de fogos de artifício no local do incêndio.
“E as imagens de segurança do parque nos permitiram, em uma análise detalhada, conseguir individualizar o veículo que esteve no topo do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, e o indivíduo que estaria na condução – no caso, o proprietário desse veículo. E nós conseguimos visualizar, por meio de imagem, que esse indivíduo chega no topo e começa a explodir fogos de artifício. Em um determinado momento, um desses fogos acaba se dirigindo à mata, e tem início o incêndio que causou um dano ambiental imenso”.
A operação Sentinelas da Floresta cumpriu, nesta terça-feira, três mandados de busca e apreensão na casa, na empresa e no veículo do suspeito, que foi preso em flagrante pela posse de drogas.