Apesar das manifestações contrárias de moradores, montanhistas e ambientalistas, as obras para a instalação de uma tirolesa no Pão de Açúcar estão seguindo conforme o projeto aprovado. 

Em mais um capítulo dessa confusão toda, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) orientou a empresa contratada para a obra a adotar uma série de procedimentos e soluções para preservar a paisagem carioca, que fica entre os morros Pão de Açúcar e da Urca.

O lugar é tombado pelo Iphan desde 1973 e reconhecida pela Unesco como Paisagem Cultural Urbana.

Segundo o instituto, as soluções propostas foram contempladas no projeto aprovado, e a execução vem sendo fiscalizada pela autarquia. Mas o Iphan não detalhou as soluções apresentadas.

O projeto da tirolesa prevê um corte na rocha no pico do Pão de Açúcar para a implantação de um platô. Para o Iphan, as intervenções em rocha são admissíveis na escala do bem tombado.

Para a psicanalista Gricel Osório Horr Meyll, integrante do Grupo Ação Ecológica, a instalação da tirolesa é uma descaracterização inaceitável de um bem público tombado.

O CEO do Parque Bomdinho Pão de Açúcar, Sandro Fernandes, disse que todas as licenças necessárias para a execução do projeto da tirolesa foram obtidas em cerca de dois anos e meio.

A tirolesa vai conectar os morros Pão de Açúcar e da Urca, numa descida de 755 metros de extensão a uma velocidade que pode chegar a 100 quilômetros por hora. O início da operação está previsto para o segundo semestre deste ano.

 

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