Além do trabalho essencial de limpeza urbana, os profissionais da Comlurb, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro, também transformam os resíduos em mobiliário e objetos de trabalho e em peças de arte. A companhia tem duas fábricas especializadas nessa reutilização, uma em Campo Grande, que conserta e fábrica acessórios para uso dos varredores, e uma em Bangu, que faz brinquedos e peças de mobiliário para praças com o que é retirado nas podas de árvores. Segundo o Coordenador da Fábrica Lixo Gari, Jorge Fernandes, cerca de 95 trabalhadores nesta fábrica estão empenhados diariamente em buscar soluções de baixo custo, para reaproveitar esses resíduos.  

Em uma das fábricas, troncos e tábuas viram bancos, cadeiras e esculturas. Já as folhas e galhos menores são aproveitados para a produção de composto orgânico usados nos viveiros de mudas, e nas praças e jardins da cidade. Fábio de Oliveira trabalha há 23 anos na fábrica e tem muito orgulho das diversas peças que fabrica no seu dia a dia.  

Outros materiais, como plástico e ferro, também são aproveitados para fabricar mobiliários urbanos – como bancos e lixeiras – para praças e outras áreas públicas ou ferramentas para uso dos próprios trabalhadores, como vassouras e carrinhos. Mas os trabalhadores também podem aplicar seus dons artísticos. Alguns desses resíduos são transformados em obras de arte, expostas ao público em exposições no Galpão das Artes Urbanas da Comlurb, na Gávea. A última exposição, inaugurada esta semana, homenageia os garis pelo seu dia, comemorado em 16 de maio. A mostra celebra o esforço dos profissionais em busca de soluções sustentáveis, que contribuem para a diminuição de resíduos e preservação do meio ambiente, e vai até 30 de julho. 

* Com supervisão de Tâmara Freire.

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