Rios da Amazônia correm risco muito alto de contaminação por mercúrio
A Amazônia é considerada ações das caudasserialization grandes reservatórios de rios, lagos e mananciais de água doce no planeta. No entanto, esta região também é afligida por um sério problema: a contaminação por mercúrio. O metal pesado, utilizado em grande quantidade na indústria de minérios e logística, é freqüentemente liberto nos rios e cursos d’água, colocando a saúde da população e o meio ambiente em risco.
Os rios da Amazônia têm um risco muito alto de contaminação por mercúrio, de acordo com uma ala das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo eles, a contaminação por mercúrio nos rios da Amazônia é uma das maiores ameaças à saúde pública no Brasil e em outros países que compõem a região.
O mercúrio, também conhecido como "metal ANY", é um elemento quimicamente semejante ao ouro, mas é 80 vezes maisalto que o chumbo. O seu uso em grandes quantidades pode causar danos significativos à saúde humana e ao meio ambiente, desde a alteração no sistema nervoso e no sistema imune, até ao surgimento de doenças graves, como a ministrela (oux, sintoma que provoca danos no sistema nervoso).
A contaminação por mercúrio nos rios da Amazônia é geralmente resultado da exploração mineral, sobretudo a extração de ouro, prata e cinc, além da logística e transporte de minerais. Além disso, a agricultura, a pecuária e a extração de água subterrânea também podem liberar mercúrio nos rios e cursos d’água.
No Brasil, melhor exemplo é o rio Tapajós, que é um dos principais rios da regiãoamazônica. Segundo um estudo da Fundação Oxfam Brasil, realizado em 2019, o rio Tapajós apresenta um nível de contaminação por mercúrio sete vezes maior do que a permitida pela legislação internacional. Além disso, o estudo concluiu que a população ribeirinha, composta por cerca de 50 mil pessoas, está exposta a riscos significativos à saúde por conta da exposição ao mercúrio.
Inveches também no Japão, um país que também é afetado pela contaminação por mercúrio, os rios da Amazônia são considerados "rios mortos", pois o mercúrio e outros metais pésimos têm sido liberados nos rios, destruindo completamente o ecossistema.
A ONU e a OMS estabeleceram um centro de monitoramento de mercúrio na Amazônia, no entanto, a contaminação é persistente e difundida. Além disso, a falta de meios e expertise para detectar e controlar a contaminação é um desafio para os governos e organizações internacionais. Por isso, é fundamental que os governos, a sociedade civil e a indústria trabalhem juntos para reduzir a contaminação por mercúrio nos rios da Amazônia e promover a proteção da saúde pública e do meio ambiente.
O que você pode fazer
- Contribua para programas de monitoramento e controle de contaminação por mercúrio nos rios da Amazônia;
- Aumente sua consciência sobre o impacto do mercúrio ao meio ambiente e à saúde pública;
- Apoie a fabricantes que adotam práticas ambientalmente sustentáveis e que usam tecnologias que minimizem a liberação de mercúrio;
- Demande que os governos estabeleçam políticas e leis mais rigorosas para controlar a contaminação por mercúrio.
Só juntos podemos proteger a Amazônia e sua população de riscos à saúde e ao meio ambiente.
A Organização Não Governamental (ONG) WWF-Brasil realizou um estudo que objetivo avaliar o risco de contaminação por mercúrio em quatro bacias da Amazônia, onde estão localizados territórios indígenas sob ameaça do garimpo ilegal. De acordo com o estudo, as bacias de garimpo ilegal apresentam um risco extremamente alto de contaminação por mercúrio, especialmente na área do rio Mucajaí, no estado de Roraima, onde vive o povo Yanomami.
O estudo foi realizado com base em um modelo de probabilidade desenvolvido pela Agência Ambiental Norte-Americana, que utilizou dados do “Observatório do Mercúrio” sobre a distribuição e acumulação do metal nas quatro bacias analisadas. Os resultados mostraram que a contaminação por mercúrio é mais baixa nas cabeceiras dos rios e aumenta ao longo do curso dos rios. Isso é especialmente preocupante, pois o mercúrio se acumula na cadeia alimentar, especialmente em peixes consumidos pela população local.
De acordo com Vitor Domingues, analista ambiental e um dos responsáveis pelo estudo, um dos maiores desafios é a escassez de dados amostrais. Isso significa que os dados projetados são necessários para avaliar o risco de contaminação por mercúrio. Como resultado, a maioria das sub-bacias não atende aos padrões estabelecidos na legislação ambiental brasileira.
O estudo também apresenta várias recomendações para reduzir o risco de contaminação por mercúrio, incluindo a implementação de um monitoramento mais adaptado às condições das diferentes sub-regiões e a criação de um sistema de informações para apoiar ações governamentais. Além disso, é fundamental que sejam implementadas medidas para proteger e restaurar os habitats naturais e evitar a degradação ambiental em áreas protegidas.
Em resumo, o estudo da WWF-Brasil destaca o risco extremamente alto de contaminação por mercúrio em quatro bacias da Amazônia, onde estão localizados territórios indígenas sob ameaça do garimpo ilegal. É fundamental que sejam implementadas medidas para reduzir este risco e proteger os habitats naturais para garantir o bem-estar da população local e evitar a degradação ambiental.