Duzentas árvores por minutos foram derrubadas no Xingu, nos últimos quatro anos, durante o governo de Jair Bolsonaro. Isso significa 730 mil hectares de floresta destruída, área que equivale à região metropolitana de São Paulo. É o que mostra o estudo Xingu Sob Pressão, feito pela Rede Xingu+, em parceria com o Instituto Sócio Ambiental, e que analisou imagens de satélite.

A analista de geoprocessamento do ISA, Thaíse Rodrigues, dá uma ideia da dimensão do estrago.

Mas não é só isso. Roubo de madeira e invasões em terras indígenas também são problema. O relatório mostra que territórios no Mato Grosso, por exemplo, estão sofrendo com a exploração desenfreada e ilegal do território. São pelo menos 27 quilômetros de vias ilegais abertas por madeireiros, além dos incêndios.

As populações também têm sido ameaçadas, segundo o relatório. Há relatos de violação da integridade territorial e de bloqueios nos acessos às áreas tradicionais, além da intimidação e da coação em diversas comunidades da Bacia do Xingu, que abrange os estados do Pará e do Mato Grosso e conta com 26 povos indígenas e centenas de comunidades ribeirinhas.

Esse relatório foi encaminhado aos principais órgãos federais para pedidos de providências. Mas, resumindo, pede a necessidade de se conter as invasões, a instalação de mais bases de vigilância e a presença constante das autoridades.

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