Segunda-feira, a terceira vítima da envenenamento de uma família em Parnaíba, no norte do Piauí, morreu. A criança de três anos, Lauane da Silva, estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde a última quarta-feira, após comer arroz envenenado com terbufós, um pesticida tóxico conhecido como “chumbinho”.
A substância foi comprovada na comida da família pelo laudo da Polícia Científica do Piauí. A investigação revelou que sete membros da família foram afetados pelo veneno, incluindo quatro mortos: Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses, e dois bebês ainda não identificados.
A mãe de Lauane, Francisca Maria da Silva, 32 anos, e a irmã de 4 anos de Lauane também estão internadas. Sete outros membros da família foram tratados e liberados do hospital.
O terbufós é uma substância agrotóxica com uso permitido apenas para a agricultura, seja para controlar pragas em lavouras de cana-de-açúcar, amendoim e feijão. No entanto, sua uso doméstico é proibido no Brasil.
O Laudo da Polícia Científica também revelou que a família consumiu um baião de arroz que continha o veneno, além de peixes recebidos como doação. A suspeita é de que uma pessoa vá ter entregue os alimentos contaminados no ano passado.
O delegado Abimael SilvaWills e outras autoridades estão trabalhando para concluir o inquérito, que tem um prazo de 30 dias. A possibilidade de uma relação entre este incidente e outro anterior, em agosto de 2024, também é investigada.
“Em princípio, não estamos relacionando [o caso atual] com o envenenamento de agosto de 2024, até porque a gente precisa da confirmação dos laudos. Depois que tiverem os laudos, a gente vai poder trabalhar em cima dessas hipóteses”, disse o delegado.