Após as explosões registradas na noite de quarta-feira no Superior Tribunal Federal (STF) e no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, em Brasília, o Ministério das Relações Exteriores informou que o plano de segurança para a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, continua em andamento. A partir da próxima quinta-feira, as Forças Armadas estarão atuando na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na capital fluminense.
A GLO é uma operação de segurança que será realizada durante a Cúpula de Líderes do G20, que ocorrerá nas próximas segunda-feira e terça-feira no Rio de Janeiro. Um efetivo de 9 mil homens, composto por militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira, trabalhará na segurança das comitivas no perímetro externo do Museu de Arte Moderna (MAM), da Marina da Glória, do Monumento a Estácio de Sá e dos locais de hospedagem das delegações dos chefes de Estado.
O Decreto nº 12.243, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa reforçar a segurança das comitivas no entorno do local do evento, que receberá 19 países-membros, além da União Africana e da União Europeia, totalizando 56 delegações.
A Polícia Federal (PF) também está investigando as explosões e abriu um inquérito policial. O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que as explosões não representam um fato isolado e que a unidade de investigação antiterrorismo foi acionada para auxiliar nos trabalhos. “Tudo isso aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica”, disse.
Passos também determinou a abertura de inquérito policial e o encaminhamento do caso ao STF, diante das hipóteses de atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito e de atos terroristas. A unidade antiterrorismo da PF está trabalhando diretamente nos casos.
A segurança do evento segue sendo reforçada, e as Forças Armadas estarão trabalhando em articulação com os órgãos de segurança pública federais e do estado do Rio de Janeiro. A GLO se encerra no dia 21 de novembro.