Uma noite de terror para a técnica em administração Patrícia Vargas, de 51 anos, moradora do bairro São Luiz, em Canoas, Rio Grande do Sul. A tempestade incessante que atingiu a cidade na noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira reavivou o trauma de maio do ano passado, quando sua casa foi destruída pelas enchentes.

“Não conseguimos dormir. Eram três horas da manhã e pensamos que a água iria invadir de novo a nossa casa”, recorda Patrícia. Ela e sua mãe, de 75 anos, não dormiram, e a água estava prestes a entrar na porta da cozinha. “Ficou a menos de um dedo para entrar”. Quem passou pelas dificuldades das cheias do ano passado sabe bem o desastre que elas podem provocar.

Em maio do ano passado, a casa de Patrícia foi transformada em uma piscina de água e lama de mais de meio metro de altura. Não restaram móveis ou eletrodomésticos, apenas uma geladeira. Patrícia esperava que as autoridades tomassem providências mais efetivas nos últimos 12 meses, mas se sente abandonada. “Ninguém do meu bairro dormiu na última noite. E aqui o nosso bairro é pequeno, tem cerca de 3 mil pessoas”.

Os moradores do bairro criaram um grupo em um aplicativo de mensagens para se ajudarem nos alertas, e foi por meio de uma vaquinha entre amigos que Patrícia conseguiu comprar alguns móveis para viver. “Depois que teve a enchente, essa foi a pior noite de todas”.

A prefeitura de Canoas informou que monitora as condições de instabilidade do município em vista dos prognósticos de dias chuvosos feitos pelos institutos de meteorologia. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul também chamou a atenção para o risco de alagamentos em áreas da Serra, de vales e do litoral norte do estado.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho, que indica grande perigo para o volume de chuvas que deve ser registrado no Rio Grande do Sul nos próximos dias. A previsão é de “chuvas volumosas” também nesta quinta-feira.

O governo gaúcho informou que as equipes continuam atuando em todas as regiões para proteger vidas e minimizar os impactos das chuvas no estado. A Defesa Civil confirmou a morte de duas pessoas, e até a manhã de quarta-feira, 51 cidades haviam informado problemas, como casas alagadas, estradas obstruídas e pontes danificadas, por causa da água.

Mais de 1.300 pessoas estão desalojadas, e mil foram enviadas para abrigos. O Inmet mantém um alerta vermelho de grande perigo sobre o Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuvas acima de 60 mm/h.

Nas redes sociais, o governador Eduardo Leite fez um alerta sobre as chuvas, mas disse que as atuais não se comparam com as do ano passado. No entanto, para Patrícia e muitos outros moradores do estado, a experiência de viver com o medo de perder tudo novamente é algo que não pode ser comparado.

A situação no Rio Grande do Sul é crítica, e as autoridades precisam tomar medidas efetivas para proteger as vidas e os bens dos moradores. A previsão de chuvas para os próximos dias é preocupante, e os moradores precisam estar preparados para enfrentar os desafios que vêm pela frente.

Em resumo, a tempestade que atingiu Canoas na noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira trouxe de volta o trauma das enchentes do ano passado para Patrícia Vargas e muitos outros moradores do estado. A situação é crítica, e as autoridades precisam tomar medidas efetivas para proteger as vidas e os bens dos moradores. A previsão de chuvas para os próximos dias é preocupante, e os moradores precisam estar preparados para enfrentar os desafios que vêm pela frente.

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