Um grupo de hacktivistas, conhecido como Batalhão Cibernético do Mártir Walid Ahmed, realizou uma ação coordenada na madrugada de quinta-feira (16) e alterou o conteúdo das páginas oficiais de pelo menos 31 prefeituras de Minas Gerais. A ação, que se estendeu até o sábado (17), visava protestar contra a falta de posição firme do governo brasileiro em relação ao genocídio de palestinos pelo Estado de Israel e fazer alusão à Nakba, um processo de limpeza étnica lembrado ao longo da semana.
Em um manifesto divulgado nas páginas virtuais, o grupo relacionou a violência sistemática contra palestinos a outros eventos, comparando a morte do adolescente brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, na prisão israelense de Megido, com as desumanidades cometidas durante a ditadura civil-militar no Brasil. Os ativistas destacaram que Walid não foi o primeiro brasileiro a ser sequestrado e torturado, e que sua família não poderá honrar sua memória com um enterro digno devido à devolução do corpo sem provas objetivas de crime contra a humanidade.
Os hackers afirmaram que a ocupação militar sionista tem outros 250 menores de 18 anos em seus porões e que o Brasil venceu seus opressores há 40 anos, enquanto a Palestina vem vencendo há 77 anos e um dia vencerá. Eles concluíram que a Palestina será livre de Rio a Mar.
Na tarde de sábado, alguns sites já haviam sido normalizados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro mandatário a classificar a ofensiva contra a Palestina como genocídio, em fevereiro de 2024, quando Israel já havia assassinado 30 mil civis, com maioria de mulheres e crianças. Lula também criticou o corte de recursos humanitários por diversos países e defendeu que os palestinos estejam à frente da reconstrução de Gaza.
A ação dos hacktivistas visa chamar a atenção para a situação dos palestinos e para a necessidade de uma posição mais firme do governo brasileiro em relação ao conflito. A Agência Brasil procurou a Polícia Civil do estado, mas não obteve retorno, e está aberta à manifestação.
A ação dos hacktivistas é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para chamar a atenção para causas sociais e políticas. No entanto, é importante notar que a alteração de páginas oficiais de prefeituras pode ter consequências legais e é importante que as autoridades tomem medidas para prevenir tais ações no futuro.
Além disso, a situação dos palestinos é um tema complexo e multifacetado, e é importante que haja um debate amplo e informado sobre o assunto. A ação dos hacktivistas é um lembrete de que a comunidade internacional precisa se mobilizar para encontrar soluções pacíficas e justas para o conflito israelense-palestino.
Em resumo, a ação dos hacktivistas foi uma forma de protesto contra a falta de posição firme do governo brasileiro em relação ao genocídio de palestinos e para chamar a atenção para a situação dos palestinos. A ação é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para chamar a atenção para causas sociais e políticas, mas é importante que as autoridades tomem medidas para prevenir tais ações no futuro. Além disso, é importante que haja um debate amplo e informado sobre o tema e que a comunidade internacional se mobilize para encontrar soluções pacíficas e justas para o conflito israelense-palestino.