O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo irá investigar as ameaças de estupro e morte enviadas por e-mail a todas as parlamentares mulheres da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A investigação será feita pela Delegacia de Polícia sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber).
As parlamentares receberam as ameaças no dia 31 de maio, e nem todas receberam o e-mail, mas a mensagem criminosa era endereçada a todas. A mensagem continha ameaças de violência sexual, lesão corporal grave, maus tratos a animais, estupro coletivo e corretivo, além de ser racista. As deputadas receberam a visita da polícia e entregaram os computadores e celulares para perícia.
A polícia já identificou o homem que assina o e-mail, um jovem de 28 anos, que alega ser inocente e ter tido seus dados utilizados para incriminá-lo. O celular e o computador do suspeito foram apreendidos para perícia. No entanto, até o momento, ninguém foi preso.
As deputadas solicitaram a abertura de um inquérito para apurar as ameaças misóginas e racistas e citaram a possibilidade de invasão à Alesp com uso da força armada. Elas pediram que a polícia identifique o autor ou autores do crime e que sejam tomadas medidas para garantir a segurança das parlamentares.
A líder do PSB na Alesp, deputada Andréa Werner, expressou sua preocupação com a segurança das parlamentares e disse que a polícia precisa chegar ao autor ou autores do crime o mais rápido possível. Ela ressaltou que as deputadas continuam trabalhando expostas e sem respostas sobre o caso.
A Alesp informou que há um compromisso com a segurança de todos que atuam no Parlamento Paulista e que os protocolos de segurança foram reforçados. Além disso, as polícias militar e civil foram acionadas para apurar o ocorrido.
A deputada Beth Sahão (PT) solicitou que a Polícia Federal também investigue o caso e informou que eles abriram um inquérito. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, decidiu designar um promotor de Justiça para acompanhar as investigações.
As deputadas estão trabalhando para garantir a segurança do parlamento e dos servidores, mas até agora, nada foi feito para garantir a segurança das parlamentares. Elas esperam que a polícia chegue logo ao autor ou autores do crime e que sejam tomadas medidas para prevenir futuras ameaças.
A investigação das ameaças é um exemplo de como a violência contra as mulheres é um problema grave e que precisa ser combatido. As parlamentares estão trabalhando para garantir a segurança e a igualdade de gênero no parlamento e esperam que a sociedade e as autoridades também sejam comprometidas com essa causa.