A área desmatada do Cerrado, em janeiro, foi a menor em 11 meses. O bioma perdeu 51 mil hectares de vegetação nativa no mês, o equivalente a área de Maceió, capital de Alagoas. Com relação a dezembro de 2023 foi uma queda de 48%. O mesmo não aconteceu em janeiro do ano anterior quando houve um aumento de 10%.

Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e foram divulgados nesta quinta-feira (29).

Os números são positivos, mas ainda é cedo para comemorar uma possível tendência de redução do desmatamento no Cerrado, explica a pesquisadora do IPAM e coordenadora do monitoramento, Fernanda Ribeiro. Isso porque a estação de chuvas pode atrapalhar o monitoramento. “Agora ainda está muito cedo. Apesar de que analisando os últimos 11 meses, a gente vê essa tendência de diminuição de fato pra este ano de 2024, ainda é muito cedo. Justamente porque a gente está neste período de estação chuvosa, que pode ser uma questão de detecção”.

A região do Matopiba manteve a liderança no desflorestamento do Cerrado. Dos 51 mil hectares derrubados, 33 mil foram na região formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

No Tocantins, líder do ranking em janeiro, foram devastados 10 mil hectares, 40% a mais do que em janeiro de 2023.

Por outro lado, Goiás registrou diminuição. A área desmatada no estado passou de 4,5 mil hectares em janeiro do ano passado para 3,5 mil em 2024.

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