A Polícia Federal realizou, no Maranhão, uma operação para reprimir a extração e comercialização ilegal de madeiras extraídas ilegalmente de terras indígenas no Estado. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar.

Segundo as investigações, foi identificado, por meio da utilização de geotecnologia e imagens de satélite, um crescente desmatamento na Terra Indígena Geralda Toco Preto, que fica nas cidades de Itaipava do Grajaú e Arame. Foi identificada também a extração de árvores nativas para beneficiamento em serrarias e movelarias da região.

A investigação aponta ainda uma associação entre fazendeiros, madeireiros, e os próprios indígenas, voltadas para um esquema de extração ilegal de madeira para exploração comercial clandestina.

Os crimes eram praticados com o consentimento de uma liderança indígena, mediante o pagamento de propina. Segundo a Polícia Federal, o principal receptador da madeira clandestina seria um ex-vereador da cidade de Itaipava do Grajaú, que tem serrarias e movelarias na região.

Dois dos alvos da operação desta terça-feira já foram condenados por crimes ambientais praticados na mesma reserva indígena. Eles, inclusive, não cumpriram sentença anterior de reflorestar uma área de 490 hectares na área. 

Os investigados poderão ser responsabilizados criminalmente por desmatar e explorar economicamente floresta nativa em terra de domínio público sem autorização do órgão competente; receber, para fins comerciais, madeira e outros produtos de origem vegetal, sem a licença devida, sabendo que eram produtos fruto de crime.

As penas máximas somadas ultrapassam 12 anos de prisão.

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