A área reservada à agropecuária no país cresceu nos últimos 37 anos e agora ocupa a um terço do território nacional. No período de 1985 a 2022, a área reservada à agropecuária no Brasil cresceu 50%, ocupando agora 282,5 milhões de hectares. Isso equivale aos estados do Pará e do Amazonas juntos.

Os números são do MapBiomas, o Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil, e foram divulgados nesta sexta-feira.

O levantamento aponta que esse avanço agropecuário foi às custas de desmatamento: 64% para pastagens e 10% pra preparar a terra. Os estados com maiores áreas de desmatamento para agricultura foram Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão e Goiás.

Segundo o estudo, a demanda por arroz é bem importante no país. Mas, soja, milho e cana-de-açúcar são as três culturas de maior área. Como explica Joel Risso, da equipe de Agricultura, Floresta Plantada e Irrigação do MapBiomas.

E as novas fronteiras agrícolas se concentram no Matopiba, que envolve Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, no Amacro, a fronteira entre Amazonas, Acre e Rondônia, e no bioma Pampa.

Já os estados que mais desmataram pra gerar pasto foram Pará, Mato Grosso, Rondônia, Maranhão e Tocantins.

Para o professor e coordenador do Laboratório de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás, Laerte Ferreira, a área de pastagem chama atenção.

Além disso, Laerte chama a atenção para o potencial do Cerrado para aumentar a produtividade agrícola.

O estudo mostra ainda que 26% da ampliação da atividade agrícola foi sobre terras que já tinham sofrido a ação humana.

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