A Urihi Associação Yanomami, que representa mais de 150 comunidades da etnia, cobra da União R$ 6,6 bilhões para reparação de danos sociais, ambientais e morais coletivos causados pelo garimpo ilegal em terras indígenas no norte do país. 

O pedido faz parte de uma ação civil pública protocolada na 2ª Vara Federal Cível de Roraima. 

A Associação considera que a União foi omissa na fiscalização e na proteção das terras indígenas yanomami. O que, desde 2018, teria levado diretamente a um rápido aumento da mineração ilegal de ouro e do desmatamento. Sendo, segundo ela, o Estado brasileiro cúmplice da violência étnico-ambiental contra o povo Yanomami.

O advogado da associação, Herick Feijó, destaca a importância da reparação.

A Associação ainda pede na Justiça que sejam adotadas medidas urgentes de proteção à saúde da população.

Entre elas, que a União detecte os principais pólos de contaminação de mercúrio na região para evitar o consumo tóxico de águas e pescados; além de outras medidas de proteção das mães e das crianças indígenas. 

A reportagem entrou em contato com a Advocacia-Geral da União e aguarda um posicionamento. 

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