Os macacos bugios, um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo, estão sendo reintroduzidos no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Esta semana mais sete deles se juntaram aos oito macacos da mesma espécie já existentes no local.

A introdução do primeiro casal de bugios no parque marcou o término da extinção local da espécie, que não era vista na localidade há mais de 200 anos.

Silvia Moreira, veterinária do Instituto Estadual do Ambiente, INEA-RJ, e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, responsável pelo acompanhamento médico dos animais que acabam de ganhar a liberdade, explica que vários cuidados foram tomados ao longo deste processo, entre eles a vacinação contra febre amarela.

“A gente fez uma testagem para febre amarela e vacinou os animais contra a febre amarela, porque é uma doença que eles são muito sensíveis, os bugios geralmente morrem de febre amarela. Então a gente tinha esse compromisso de soltar animais protegidos”, salienta.

Ela também ressalta a importância da introdução de mais bugios na floresta.

“A gente fez uma primeira leva de soltura de animais, e esses animais estão sobrevivendo, estão reproduzindo, mas a gente precisa aumentar a genética para essa população. Então esse novo grupo, que está sendo reintroduzido agora praticamente dobra o potencial genético, o patrimônio genético dessa população”, finaliza a veterinária.

Os macacos bugios também vão colaborar com a dispersão de sementes de árvores, ajudando a manter a Mata Atlântica da Unidade de Conservação.

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