Um novo olhar na discussão sobre o racismo ambiental. É o que propõe o Observatório da Branquitude, que defende que os eventos climáticos extremos, como ondas de calor, fortes chuvas, enchentes e estiagens são respostas a anos de exploração de uma cadeia comandada, majoritariamente, por pessoas brancas. O codiretor executivo do Observatório da Branquitude, Thales Vieira, destaca que as tragédias climáticas não afetam a todos de forma igualitária, como se poderia imaginar. 

Para Manuela Thamini, codiretora do Observatório, é impossível falar sobre a desigualdade, de qualquer tipo, sem considerar questões raciais. Ela destaca que as pessoas impactadas precisam ser envolvidas nas soluções.

A organização realizou um seminário do Rio de Janeiro intitulado “Emergência Climática: uma herança da branquitude”. O evento reuniu especialistas em clima, sociedade e estudos étnico-raciais para traçar um paralelo entre as questões raciais e a crise climática. Nêgo Bispo, líder comunitário no quilombo Saco Curtume, em São João do Piauí, no Piauí, também questionou a ausência da população não branca nos processos de tomada de decisões referentes ao clima.

Em todo o planeta, a estimativa é que 3 bilhões de pessoas sofram com as alterações no clima, de acordo com estudos do IPCC, Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.

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