Uma iniciativa do estado do Espírito Santo, que criou uma infraestrutura sustentável, com estradas e saneamento, foi destaque no novo relatório publicado nesta semana pelo Banco Mundial, OMS – Organização Mundial da Saúde e o Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância. No projeto, agricultores e proprietários receberam incentivos para fornecer algum tipo de serviço ecológico em suas propriedades. O resultado ajudou a reduzir a sedimentação nos rios, restaurar ecossistemas degradados e proteger a cobertura florestal, assim como as nascentes.

O fornecimento de água e saneamento fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um acordo feito pelos Estados-membros das Nações Unidas em 2015.

O relatório também chamou a atenção para o acesso à água potável. Segundo o documento, uma em cada quatro pessoas no mundo ainda não tem esse acesso. Por outro lado, mais de dois bilhões de pessoas conseguiram a água potável, nos últimos vinte anos.

No caso do Brasil, um dos destaques do relatório é a disparidade entre as áreas rurais e urbanas. Aqui, a acessibilidade à água potável é próxima de 100% nas duas áreas. Índices semelhantes aos de países como Portugal e Paraguai. Porém, a disponibilidade para uso da água potável nas áreas rurais cai para pouco mais de 80%, deixando o Brasil ao lado de nações como Marrocos e Equador. Já o acesso à água livre de contaminação é um pouco menor, o que coloca o país em índices semelhantes à Tunísia e Argélia.

O relatório do Banco Mundial também examinou a relação entre água, saúde e desenvolvimento; e recomendou aos governos investimento no acesso universal à água potável, assim como a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas.

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