A prefeitura de São Paulo proibiu a compra de novos ônibus movidos a diesel para fazer o transporte público na cidade. 

Em nota, a prefeitura explicou que o objetivo é cumprir a Lei de Mudanças Climáticas. A lei prevê a queda pela metade nas taxas de emissão de gás carbônico fóssil até 2028. 

A meta da prefeitura é que até 2024, 20% da frota de ônibus seja formada por veículos elétricos, o equivalente a 2,6 mil ônibus. 

São Paulo tem a maior frota de ônibus do país, são quase 14 mil veículos. Atualmente, cerca de 3% desse total é formado veículos menos poluentes. São  219 ônibus elétricos, 201 são trolébus, ônibus conectados via cabo à rede de energia elétrica da cidade, e 19 movidos a bateria. 

Segundo a medida da prefeitura, os  ônibus que já estão sendo usados, vão permanecer circulando até final da vida útil de cada veículo, ou seja, cerca de 10 anos. 

A determinação entrou em vigor no dia 17 de outubro, no mesmo dia em que a prefeitura tornou pública a decisão. Já os empresários foram comunicados 3 dias antes, em 14 de outubro. Eles dizem que foram pegos de surpresa e alegam que a mudança da frota vai significar aumento de custos.

Em entrevista ao Diário do Transporte, agência de notícias especializada em mobilidade urbana, o presidente da SPUrbanuss, que representa as empresas do setor, Francisco Christhovam, falou sobre esses custos. 

Para os empresários, a mudança vai implicar no aumento dos subsídios pagos pela prefeitura às empresas de transportes. Hoje na casa de R$ 3,5 bilhões. 

Já o prefeito Ricardo Nunes diz que os gastos de mudança da frota vão ser absorvidos com a adoção da energia elétrica no lugar do diesel.

O Ministério Público de São Paulo questionou a prefeitura sobre a determinação da mudança na frota. O promotor Paulo Destro quer saber quais os impactos da medida para os cofres públicos e os critérios que embasaram a decisão repentina.

 

 

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