O estado atual do clima global aponta para necessidade de ações urgentes para reverter ameaças à vida humana e à natureza em todo planeta. A conclusão é do relatório síntese do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, divulgado nesta segunda-feira (20).

De acordo com o levantamento, feito a partir da análise de milhares de estudos científicos e com a participação de representantes de 195 países, o aumento das temperaturas, as catástrofes naturais e as alterações nos ecossistemas reforçam que as tendências atuais para reverter o aquecimento global não são suficientes para um futuro sustentável e igualitário. 

O pesquisador brasileiro Lincoln Alves, autor de um dos relatórios que compõem o estudo, explica que para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC, como prevê o Acordo de Paris, os governos precisam de ações mais ambiciosas.

Lincoln Alves ressalta ainda que, atualmente, com o aquecimento global na faixa de 1,1 ºC, o planeta já vive sob eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos, comparados aos das últimas décadas.

Por outro lado, o relatório aponta que já existem tecnologias para redução das emissões de gases do efeito estufa, atribuídas principalmente aos combustíveis fósseis, como explica Lincoln Alves.

Com o desafio maior frente ao aumento do aquecimento global, o levantamento chama atenção para a diminuição da janela de tempo para se chegar à meta do Acordo de Paris.

Além de diminuir agora, o desafio é cortar as emissões resultantes da queima de carvão, petróleo e gás pela metade até 2030. 

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