Superintendência do Patrimônio da União (SPU) no Ceará aprovou a construção da usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, próximo a cabos de internet.

A decisão contraria recomendações da Agência Nacional de telecomunicações (Anatel), que alega riscos ao funcionamento da internet no Brasil.

A Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece) afirma que a usina não apresenta nenhum risco ao funcionamento dos cabos submarinos.

A usina tem estrutura no fundo do mar para produzir água potável especialmente para ser usada em períodos de seca do estado.

O parecer favorável da União mudou a distância das tubulações dos cabos de internet. Em uma primeira versão do projeto, o intuito era posicionar as tribulações a 40 metros dos cabos de fibra ótica. A pedido da Anatel, a distância foi alterada para 567 metros.

O próximo passo será o requerimento da emissão da licença de instalação da planta para a Superintendência Estadual do Meio Ambiente. Após finalizada essa etapa, a construção deverá ser iniciada até março de 2024.

A planta de dessalinização de água marinha terá capacidade para produzir mil litros de água por segundo, vazão que será destinada ao microssistema de água de Fortaleza.

Segundo a Cagece, cerca de 720 mil pessoas serão diretamente beneficiadas com projeto, por meio da parceria público-privada firmada entre a companhia e a empresa Águas de Fortaleza.

Conforme a Anatel, o projeto ignora as possibilidades de influência dos dutos marítimos da usina que despejam os dejetos em maior concentração de sal ao mar após o processo de dessalinização no leito marinho.

A Anatel insiste que a iniciativa não provê qualquer segurança aos interessados do setor de telecomunicações.

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